Barbara, me senti do mesmo jeito pós momentos de entregas acadêmicas e acho que é nosso corpo-mente dizendo: descansa e aproveite. Você já faz mais fo que o suficiente! E boas férias 🤍
Quanta consciência num texto. Obrigada por mais esse, Babi. Eu amei e já me gerou notas mentais sobre estar mais atenta a tudo que me acontece e que eu faço. O dia a dia engole a gente e eu sinto que fico alheia a minha própria vida. Insatisfeita, infeliz, exausta e sem conseguir dar contorno ao que causa isso, mas este contorno nasce com a atenção a nós mesmos, nessa rotina que não poderia, nem deveria ser automática.
Depois do mestrado eu me sentia desmotivada pra tudo. Dois anos depois que estou tendo vontade de fazer planos e fazer coisas. Essa semana recebi uma proposta de uma amiga de correr com ela. Parece simples, mas consegui ver que era impossível com a minha rotina atual.
Babi, li o seu texto no meu último dia de férias forçadas porque estava no limite. Ou seja, no burnout. Nos primeiros dias, eu inventei mil coisas para fazer, se não fosse fora de casa, inventava o que arrumar em casa. Hoje, foi o primeiro dia em que eu não fiz "nada". Me dei ao "luxo" de ver vários episódios seguidos de uma série e ainda cochilar no sofá. Não tiquei nada da lista eterna que crio para mim. Foi ótimo. Se deixe descansar. Precisamos reaprender isso urgentemente. abs
Há um tempo atrás eu comentei com meu psicólogo "quero me ocupar de tarefas, quero fazer muitas coisas ao mesmo tempo, ter a agenda cheia" ele me perguntou o por quê disso, apenas respondi que sentia que a minha vida só andava se fosse assim, que seria dessa forma que eu mataria vícios que me deixavam estagnado (de que? também não sei). Tentei. O resultado me levou ao burnout, ao nojo de mim mesmo. Queria deitar no colo da minha mãe e ser acariciado até dormir, esse era o meu desejo de todos os dias. O seu texto me abraçou.
Babi, querida, falei sobre isso com uma amiga recentemente e digo o mesmo pra você: o esgotamento depois da entrega da dissertação é real. Eu sinto que demorei um ano e meio pra me sentir eu mesma de novo dentro da minha cabeça, pra recuperar a curiosidade, o ânimo para leituras, a capacidade de pensar profundamente sobre as coisas e concatenar ideas.
O cansaço físico também é muito real, em 2022, ano que defendi minha dissertação, a sensação que tenho é que só dormi, não tinha força pra nada. Também me culpei muito na época, tinha aquela ansiedade de fazer coisas diferentes agora que finalmente tinha tirado aquela grande obrigação do caminho, mas hoje vejo como fui cruel comigo mesma, como teria sido mais fácil se eu tivesse aceitado que era hora de recarregar as energias em vez de ficar me forçando a fazer tudo até chegar num curto circuito.
Aproveite as férias, aproveite as conquistas e lembre-se que a vida, as obrigações e tudo mais sempre vão estar esperando pra quando você quiser e puder voltar :)
Seu texto serviu como uma luva. Pensando bem, como uma blusa sob medida, talvez um look completo. Li e me vi de frente pro espelho. Não podemos cair na cilada, né.
Barbara, me senti do mesmo jeito pós momentos de entregas acadêmicas e acho que é nosso corpo-mente dizendo: descansa e aproveite. Você já faz mais fo que o suficiente! E boas férias 🤍
Quanta consciência num texto. Obrigada por mais esse, Babi. Eu amei e já me gerou notas mentais sobre estar mais atenta a tudo que me acontece e que eu faço. O dia a dia engole a gente e eu sinto que fico alheia a minha própria vida. Insatisfeita, infeliz, exausta e sem conseguir dar contorno ao que causa isso, mas este contorno nasce com a atenção a nós mesmos, nessa rotina que não poderia, nem deveria ser automática.
Gostei da tradução de "bullshit" como "papagaiada" 🙏🏻
Mais um texto impecável, que me pego fazendo movimentos de afirmação com a cabeça. Boas férias, Babi!
Depois do mestrado eu me sentia desmotivada pra tudo. Dois anos depois que estou tendo vontade de fazer planos e fazer coisas. Essa semana recebi uma proposta de uma amiga de correr com ela. Parece simples, mas consegui ver que era impossível com a minha rotina atual.
Babi, li o seu texto no meu último dia de férias forçadas porque estava no limite. Ou seja, no burnout. Nos primeiros dias, eu inventei mil coisas para fazer, se não fosse fora de casa, inventava o que arrumar em casa. Hoje, foi o primeiro dia em que eu não fiz "nada". Me dei ao "luxo" de ver vários episódios seguidos de uma série e ainda cochilar no sofá. Não tiquei nada da lista eterna que crio para mim. Foi ótimo. Se deixe descansar. Precisamos reaprender isso urgentemente. abs
Há um tempo atrás eu comentei com meu psicólogo "quero me ocupar de tarefas, quero fazer muitas coisas ao mesmo tempo, ter a agenda cheia" ele me perguntou o por quê disso, apenas respondi que sentia que a minha vida só andava se fosse assim, que seria dessa forma que eu mataria vícios que me deixavam estagnado (de que? também não sei). Tentei. O resultado me levou ao burnout, ao nojo de mim mesmo. Queria deitar no colo da minha mãe e ser acariciado até dormir, esse era o meu desejo de todos os dias. O seu texto me abraçou.
Babi, querida, falei sobre isso com uma amiga recentemente e digo o mesmo pra você: o esgotamento depois da entrega da dissertação é real. Eu sinto que demorei um ano e meio pra me sentir eu mesma de novo dentro da minha cabeça, pra recuperar a curiosidade, o ânimo para leituras, a capacidade de pensar profundamente sobre as coisas e concatenar ideas.
O cansaço físico também é muito real, em 2022, ano que defendi minha dissertação, a sensação que tenho é que só dormi, não tinha força pra nada. Também me culpei muito na época, tinha aquela ansiedade de fazer coisas diferentes agora que finalmente tinha tirado aquela grande obrigação do caminho, mas hoje vejo como fui cruel comigo mesma, como teria sido mais fácil se eu tivesse aceitado que era hora de recarregar as energias em vez de ficar me forçando a fazer tudo até chegar num curto circuito.
Aproveite as férias, aproveite as conquistas e lembre-se que a vida, as obrigações e tudo mais sempre vão estar esperando pra quando você quiser e puder voltar :)
beijos e obrigada pelo link!!
Seu texto serviu como uma luva. Pensando bem, como uma blusa sob medida, talvez um look completo. Li e me vi de frente pro espelho. Não podemos cair na cilada, né.
é preciso dar um basta nesta lógica capitalista de que até o ócio precisa ser produtivo. nosso maior aprendizado há de ser "fazer nada sem culpa".