Oi Bárbara. Muito bom seu texto. Há algumas coisas que tenho feito. Eu desinstalei os aplicativos de redes sociais do smartphone. Quando acesso é via navegador no computador. Antes acessava as redes em primeiro lugar pra notícias, estou mudando, acesso os jornais e colunas que assino e gosto - seu e-mail por exemplo agora. Por último as redes. É um processo com paciência, nada abrupto resolve de imediato. Um abraço e obrigado por ler minha newsletter. :)
Oxigênio é um app? Quero isso aí! Hoje li uma escritora no Substack dizendo que está se mudando pra Paris, vai vender o computador, comprou um dumb phone e vai viver sem internet. Ela irá uma vez por semana na biblioteca pra escrever a newsletter sobre o experimento e enviar. Achei interessante, em especial por ir viver em uma cidade como Paris. É radical, mas entendo esse anseio por desconexão. Estamos todas exaustas de estarmos exaustas e sabemos que boa parte dessa exaustão vem do tempo em que ficamos na tela (mesmo que seja consumindo conteúdo que não das redes).
lalai, já te contei por mensagem, mas vou deixar registrado aqui para quem mais tiver essa dúvida: o Oxigênio é um modo/rotina que criei no Android. ele já tem alguns modos pré-programados (sono, cinema), mas resolvi criar esse com regras específicas
Sempre gosto de ler suas reflexões, sinto uma proximidade que dá conforto. Não tenho mais instagram desde o ano passado (só tinha Instagram, WhatsApp e youtube). Sai depois de um pico depressivo, que logo veio acompanhado de um pé na bunda e muito choro. Decidi não voltar, pois já não me fazia bem.
Eu, durante a pandemia, havia saído do instagram por volta de 08 meses. O principal motivo era o tamanho estresse que aquilo me causava. Dentro de casa todos éramos grupo de risco e qualquer interação era motivo de preocupação. Quando sai, procurei entender a pandemia de outras formas. Me concentrei nos meus estudos (estava entrando no último ano do colégio) e acabei consolidando muito mais o meu vínculo com a minha família. Voltei as redes por pura pressão de amigos. Me arrependi instantaneamente, mas fui encontrando formas de tornar a minha vida mais saudável ali dentro.
O que eu aprendi nesse período foi que ter um perfil privado, fechado somente para pessoas que eu realmente amo e confio, tendo cerca de 20 seguidores, era uma excelente alternativa para mim. Eu podia fazer o que queria e alimentar uma proximidade com os meus amigos que eu amo.
Depois de um tempo passou a ser maçante ficar com um perfil maior (que eu ainda tinha, mas quase não usava) e tentei fazer a mesma coisa: reduzi o número de seguidores (tirei as pessoas na mão), reduzi quem eu seguia (apenas pessoas próximas e influencers que eu me sentia mais acolhida - na imensa maioria mulheres) e passei a compartilhar tudo que eu amava, sem me importar.
Ano passado, quando decidi sair, percebi que eu realmente precisava de um tempo. Me sentia muito ansiosa ali dentro, pressionada a ser alguma coisa que eu nem queria. Eu via tudo e todos, o que eu odiava. A partir de quando mudou a página inicial, como se fosse um grande "explorar", onde a gente passou a ver as pessoas que não seguíamos, foi o ápice para mim.
Entendo sua preocupação em relação a compartilhar coisas legais ou até mesmo receber. Mas a gente encontra novas formas e nem sempre esse desejo de compartilhar vem. Ele se acalma um pouco (e de forma muito positiva).
Recentemente, uma amiga me perguntou como eu mato a minha curiosidade, especialmente quando quero saber algo de alguém (famoso ou próximo). Achei a pergunta engraçada e logo respondi: ela simplesmente passa. E é isso. As vezes esse anseio em compartilhar e receber passa e as coisas chegam em nós de forma mais natural. Através de outras pessoas no cotidiano, através de algo que você vê num filme, série ou em outro canal de comunicação, por exemplo.
Sair me fez e ainda faz muito bem. Eu não tenho mais o desejo de ser vista, e acho isso maravilhoso. Sempre digo que todos nós precisamos de um tempo, sair de vez em quando (nem que seja por 02 semanas) pra aprender a olhar para as coisas de forma mais leve. Faz bem.
Andressa, obrigada por dividir comigo seu relato <3 Li mais de uma vez esses dias e acho que ele resume muito das minhas angústias. Tem o meu cansaço de ver ver ver, mas tbm a pressão por ser vista, com certeza. Diminuir o uso esses dias me fez um bem tão grande. TÃO grande. PQ foquei na minha escrita e na minha leitura. Agora, sobre postar... ando pensando em escolher horários ou até mesmo dias para isso. Vamos ver como caminha... mas minha ideia é entrar um pouco, postar um pouco e sair. Assim como faço com a news. Sento, escrevo com intenção e publico. Não fico monitorando em tempo real ou grudada no notes...
Acho maravilhoso encontrar uma forma saudável de postar as coisas. Entendo que para você isso é algo importante, pois faz parte do trabalho. Comigo funcionou a ideia de simplesmente postar as coisas que me faziam feliz, mesmo que fossem uma cacetada de stories com livros ou fotos de bichinhos. Por muito tempo demorei pra entender meu incomodo com a ideia das pessoas me verem. Entrei muito nova nas redes e isso foi muito maléfico para mim, percebi quando estava mais velha e tinha receio de compartilhar as minhas paixões pois tinha medo do outro. Foi uma loucura entender que aquele era meu espaço. Eu acho que deixar fluir as coisas faz muito muito bem, espero que você ache seu equilíbrio. Beijos <3
Me identifiquei super. Sinto falta da época em que a gente escolhia “entrar na internet”. Não da conexão tosca, mas de fazer um movimento consciente pra isso. Hoje a gente nem nota que desbloqueia o telefone 80 vezes por dia. A solução, pra mim, sempre será o caminho do meio. Agora, onde fica esse caminho, não faço a menor ideia kkk
Babi, como uma pessoa que passou 2024 inteiro sem instagram, posso dizer que a vida fora dali é muito mais tranquila, sem tantas nóias, mas também é muito solitária. nesse tempo fora, a coisa mais doida foi perceber como a gente se acostumou a “nutrir” nossas relações respondendo stories ou até mesmo a achar que sabemos da vida das pessoas por aquilo que vemos. Foi muito divertido encontrar amigos e em primeira mão as coisas que estava acontecendo. Ao mesmo tempo, o meu círculo de amizades diminuiu drasticamente e eu pude confirmar que eu sou uma péssima pessoa para tomar iniciativas (sempre acho que vou atrapalhar se chamar alguém pra sair ou se puxar assunto com pessoas que morro de vontade de ser amiga).
Voltei há poucos dias por três motivos: marcar de cortar o cabelo e marcar uma tatuagem com pessoas que só fazem agendamento por lá, e ver fotos que uma amiga posta da bebê dela (durante o ano sem eu acabei vendo as coisas dela pelo perfil do meu trabalho, mas conhecer a Clara pessoalmente me deixou com vontade de interagir mais). Pra tornar aquele lugar mais palatável, parei de seguir mais de 600 pessoas e limitei o tempo de uso (30 min). Consegui não extrapolar esse tempo todos os dias, mas é engraçado como o dedo se acostuma fácil a procurar (e clicar n)o bendito aplicativo.
Fiquei sabendo dos eventos por amigos, que me mandavam prints do instagram quando me convidavam. Os lançamentos de livros eu acompanhei pelo substack mesmo hehe. Sobre os shows, agradeço todos os dias pelo Spotify começar a avisar as pessoas quando os artistas que elas ouvem vão fazer shows perto delas kkkk por causa disso não perdi de ver Rachel Reis por aqui em setembro e já tenho meu ingresso para o show do Gil.
No fim, todas as escolhas têm seus prós e contras. Ainda não sei se vou ficar muito tempo pelo instagram, mas é engraçado como alguns dias e poucas mensagens de “menina, você sumiu” depois eu já senti a (falsa) sensação de “agora eu convivo/converso com mais pessoas, agora já não estou tão sozinha”.
Vanessa <3 te agradeço TANTO pelo relato sincero. é isso, tem muita coisa boa que a gente ganha quando sai, mas perde outras tantas. não dá para dizer que não afeta. afeta SIM. nós construímos essa nova dinâmica social com bases nessas plataformas... e sair delas implica em muitos reajustes (alguns fáceis e outros mais complexos). eu sou uma pessoa muito das pessoas. eu adoro saber que uma amiga da escola fez a primeira viagem com o filho sendo agora mãe solo. me emociono com depoimentos de cura de doenças, de despedida de parentes...
então, o meu plano de momento é realmente DIMINUIR e não SAIR. depois de ler os muitos e incríveis comentários hoje aqui na news, estabeleci um tempo limite e estou pensando em deletar o app e só usar no computador. vamos ver! um beijo enorme em você <3
O que eu fiz até agora foi deletar o Instagram no celular. O que me faz quase nem usar mais. Quando quero ver algo na página de um restaurante ou se alguém me mandou direct, eu entro pelo computador. No computador não dá vontade nenhuma de ficar vendo coisas desnecessárias, para mim. Eu baixo ele de novo se quero postar algo (geralmente respostar foto de rolê que fui marcada) e logo deleto de novo.
oi Bárbara - vc viu que o substack aderiu ao discurso do musk?? gosto muito da sua newsletter e gostaria de continuar acompanhando em outra plataforma 😉
Seu texto chegou em boa hora. Tenho dezoito anos, minha rotina é o trabalho e sinto que quando não estou trabalhando, estou usando o celular e redes sociais em vez de estudar e fazer as coisas da minha lista de afazeres. Parece que isso afeta muita minha memoria e concentração - ja que boa parte do meu uso de celular é tiktok e musicas chicletes. To tentando o desmame, e reaprendendo que tem outras coisas que eu gosto de fazer, como desenhar, cantar, escrever, ler livros e passear na praça que não precisam de wi-fi ligado :-P
Me tornei mãe há seis meses e, de certa forma, a vida ativou o “modo oxigênio” à força para mim. Às vezes, também me sinto desconectada do todo. Mas, com o tempo, perder horas nesses aplicativos deixa de ser um hábito. O que realmente nos faz bem e com o que nos identificamos (como essa newsletter, para mim) sempre encontra um jeito de permanecer na nossa vida.
Oi Barbara! Eu adoro seu conteúdo e me identifico muito contigo :)
Eu sou muito viciada no Instagram e, por questões políticas e morais (mais do que autocontrole frouxo), quero sair. Já pesquisei redes sociais alternativas mas não achei nenhuma que se iguale ao Insta... que pena. Para o twitter (que era minha favorita, me informava do mundo cultural por lá) eu substituí pelo Bluesky e convido todo mundo a ir pra lá - pois rede social quem faz são os usuários, quero gente inteligente lá. Estou buscando empresas mais éticas e quero parar de enriquecer pessoas estúpidas (mesmo que o dinheiro não saia diretamente do meu bolso), mas tá difícil, viu? Já troquei meu gmail pelo proton.me. Recomendo. Telegram pelo Whatsapp, e nesse caso beeeem melhor!
Maaas, fui numa lavanderia express esses dias e só podia fazer login na lavadora com whatsapp :( Achei falta de professionalismo. Não acho professional ter o contato comercial apenas pelo Zap ou Insta. Tô muito equivocada? Me ajudem.
Se vocês souberem de uma rede que possa substituir o Insta me avisem porfa!
PS: tô chocada que o substack se alinhou ao Elon Musk, vou investigar isso agora mesmo!
olha, a minha sensação no momento é de que não existe uma plataforma que não vá nos decepcionar. pode não ser agora, mas lá na frente... igual ao substack. por isso sou muito cautelosa com esse rolê. não me empolgo com nenhum. não saio escrevendo notes declarando meu amor a esse espaço. é só mais um plataforma e pode ser que tenhamos que sair dela não daqui muito tempo. então, é salvar sempre o mailing e não deixar de procurar alternativas. no meu caso, que não sou boa em programação e nem em manter um site que exija muita manutenção, preciso mesmo de algo como foi o tinyletter e como é o substack. mas aparecendo alternativas melhores, não tenho o menor pudor em mudar... mas até agora não encontrei nada que se encaixe nas minhas necessidades :(
Legal essa rotina do próprio Android, mas eu não acho tão eficaz (pelo menos pra mim). Preciso realmente de uma limitação de bloqueio, por isso comecei a usar o App Block que já tem ajudado bastante a limitar o uso de redes sociais por período total no meu dia e também em horários definidos.
Parece que todos nós millenials estamos repensando o uso das redes sociais em 2025, certo? Acho que isso pode ser bem interessante.
apenas que: li essa edição agora, poucas horas depois de ter desativado minha conta no Instagram. hahaha é, de fato, um dos assuntos que nos rondam, não tem jeito. eu já desativei outras vezes antes, acho que o máximo que fiquei sem foi tipo um mês.
mas dessa vez acho que é mais sério: percebi que mais me faz mal do que bem, gera mais ansiedade do que alegria.
e, uma coisa que tenho refletido demais: nossos gostos e desejos tem ficado cada vez mais pasteurizado? a gente quer o que quer porque tá vendo todo mundo querer?
acho que vou escrever sobre isso na newsletter tb... rs
Obrigada por isso, também tenho ensaiado esse recuo. E embora eu tenha muitos interesses e possibilidades de me divertir (ou principalmente a necessidade de descansar!!!!), me sinto sugada pras redes sociais também. Não é falta de repertório. É falta de controle 🥹 porém, apesar de me responsabilizar por encontrar estratégias pra mudar isso (pelo meu bem), não me culpo porque sei que esse vício é efeito de um mecanismo projetado para este fim.
Tenho achado interessante ver tanta gente compartilhando sobre esse assunto e seus processos de desmame. hehe
Esse texto falou demaaaais comigo. Quero sair, mas não sei como e nem se vou bancar. Principalmente que mudei de país e o insta tem sido o jeito de compartilhar a vida aqui de forma mais próxima com quem ficou. Acho que entramos em outra era das redes e vamos ter que ir descobrindo conforme andamos.
pois é, o insta é um rolê complexo. tem coisas horríveis e coisas ótimas, ainda mais para quem está precisando se sentir próximo quando se está longe <3
Oie Bárbara. Lindo texto, concordo totalmente com ti, acabei de fazer exatamente isso, botei meu telefone em modo oxigênio que criei no iphone e desde hoje assim que acordar não abrirei o twitter, instagram para saber como está o mundo e sim aplicativos de noticias. Muitas vezes me sentia preso sobre como eu buscava por noticias e acabava me perdendo na infinidade de conteúdo dos apps. Valeu.
Oi Bárbara. Muito bom seu texto. Há algumas coisas que tenho feito. Eu desinstalei os aplicativos de redes sociais do smartphone. Quando acesso é via navegador no computador. Antes acessava as redes em primeiro lugar pra notícias, estou mudando, acesso os jornais e colunas que assino e gosto - seu e-mail por exemplo agora. Por último as redes. É um processo com paciência, nada abrupto resolve de imediato. Um abraço e obrigado por ler minha newsletter. :)
Bino, bem lembrado isso de deletar o app e só usar no computador! fiz isso uma vez e lembro de ter funcionado bem <3
Eu vim aqui dizer a mesma coisa! A experiência do usuário é tão ruim pelo browser que vc acaba usando menos!
Oxigênio é um app? Quero isso aí! Hoje li uma escritora no Substack dizendo que está se mudando pra Paris, vai vender o computador, comprou um dumb phone e vai viver sem internet. Ela irá uma vez por semana na biblioteca pra escrever a newsletter sobre o experimento e enviar. Achei interessante, em especial por ir viver em uma cidade como Paris. É radical, mas entendo esse anseio por desconexão. Estamos todas exaustas de estarmos exaustas e sabemos que boa parte dessa exaustão vem do tempo em que ficamos na tela (mesmo que seja consumindo conteúdo que não das redes).
lalai, já te contei por mensagem, mas vou deixar registrado aqui para quem mais tiver essa dúvida: o Oxigênio é um modo/rotina que criei no Android. ele já tem alguns modos pré-programados (sono, cinema), mas resolvi criar esse com regras específicas
e também estou curiosa com essa escritora aí!!!!
achei isso tão chique.
compartilha com a gente o nome da escritora, fiquei curiosa ;-)
Sempre gosto de ler suas reflexões, sinto uma proximidade que dá conforto. Não tenho mais instagram desde o ano passado (só tinha Instagram, WhatsApp e youtube). Sai depois de um pico depressivo, que logo veio acompanhado de um pé na bunda e muito choro. Decidi não voltar, pois já não me fazia bem.
Eu, durante a pandemia, havia saído do instagram por volta de 08 meses. O principal motivo era o tamanho estresse que aquilo me causava. Dentro de casa todos éramos grupo de risco e qualquer interação era motivo de preocupação. Quando sai, procurei entender a pandemia de outras formas. Me concentrei nos meus estudos (estava entrando no último ano do colégio) e acabei consolidando muito mais o meu vínculo com a minha família. Voltei as redes por pura pressão de amigos. Me arrependi instantaneamente, mas fui encontrando formas de tornar a minha vida mais saudável ali dentro.
O que eu aprendi nesse período foi que ter um perfil privado, fechado somente para pessoas que eu realmente amo e confio, tendo cerca de 20 seguidores, era uma excelente alternativa para mim. Eu podia fazer o que queria e alimentar uma proximidade com os meus amigos que eu amo.
Depois de um tempo passou a ser maçante ficar com um perfil maior (que eu ainda tinha, mas quase não usava) e tentei fazer a mesma coisa: reduzi o número de seguidores (tirei as pessoas na mão), reduzi quem eu seguia (apenas pessoas próximas e influencers que eu me sentia mais acolhida - na imensa maioria mulheres) e passei a compartilhar tudo que eu amava, sem me importar.
Ano passado, quando decidi sair, percebi que eu realmente precisava de um tempo. Me sentia muito ansiosa ali dentro, pressionada a ser alguma coisa que eu nem queria. Eu via tudo e todos, o que eu odiava. A partir de quando mudou a página inicial, como se fosse um grande "explorar", onde a gente passou a ver as pessoas que não seguíamos, foi o ápice para mim.
Entendo sua preocupação em relação a compartilhar coisas legais ou até mesmo receber. Mas a gente encontra novas formas e nem sempre esse desejo de compartilhar vem. Ele se acalma um pouco (e de forma muito positiva).
Recentemente, uma amiga me perguntou como eu mato a minha curiosidade, especialmente quando quero saber algo de alguém (famoso ou próximo). Achei a pergunta engraçada e logo respondi: ela simplesmente passa. E é isso. As vezes esse anseio em compartilhar e receber passa e as coisas chegam em nós de forma mais natural. Através de outras pessoas no cotidiano, através de algo que você vê num filme, série ou em outro canal de comunicação, por exemplo.
Sair me fez e ainda faz muito bem. Eu não tenho mais o desejo de ser vista, e acho isso maravilhoso. Sempre digo que todos nós precisamos de um tempo, sair de vez em quando (nem que seja por 02 semanas) pra aprender a olhar para as coisas de forma mais leve. Faz bem.
Beijos! (desculpa pelo textão).
Andressa, obrigada por dividir comigo seu relato <3 Li mais de uma vez esses dias e acho que ele resume muito das minhas angústias. Tem o meu cansaço de ver ver ver, mas tbm a pressão por ser vista, com certeza. Diminuir o uso esses dias me fez um bem tão grande. TÃO grande. PQ foquei na minha escrita e na minha leitura. Agora, sobre postar... ando pensando em escolher horários ou até mesmo dias para isso. Vamos ver como caminha... mas minha ideia é entrar um pouco, postar um pouco e sair. Assim como faço com a news. Sento, escrevo com intenção e publico. Não fico monitorando em tempo real ou grudada no notes...
Acho maravilhoso encontrar uma forma saudável de postar as coisas. Entendo que para você isso é algo importante, pois faz parte do trabalho. Comigo funcionou a ideia de simplesmente postar as coisas que me faziam feliz, mesmo que fossem uma cacetada de stories com livros ou fotos de bichinhos. Por muito tempo demorei pra entender meu incomodo com a ideia das pessoas me verem. Entrei muito nova nas redes e isso foi muito maléfico para mim, percebi quando estava mais velha e tinha receio de compartilhar as minhas paixões pois tinha medo do outro. Foi uma loucura entender que aquele era meu espaço. Eu acho que deixar fluir as coisas faz muito muito bem, espero que você ache seu equilíbrio. Beijos <3
amei suas reflexões! fiquei um ano sem instagram (apaguei a conta e tudo - o q dá até trabalho). voltei. e sempre me pergunto, pra que msm?
exato, pra quê?!
como eu vi lá no seu ig agora: pra conversar com gente legal. ainda estamos por aqui! 😁
pra postar foto de gatinho e deixar as outras pessoas (eu) felizes vendo foto de gatinho 🥹♥️
sim, importante 😁
Me identifiquei super. Sinto falta da época em que a gente escolhia “entrar na internet”. Não da conexão tosca, mas de fazer um movimento consciente pra isso. Hoje a gente nem nota que desbloqueia o telefone 80 vezes por dia. A solução, pra mim, sempre será o caminho do meio. Agora, onde fica esse caminho, não faço a menor ideia kkk
exato!!! é um movimento meio involuntário, de repente o celular está na mão e a gente nem sabe pq pegou...
Babi, como uma pessoa que passou 2024 inteiro sem instagram, posso dizer que a vida fora dali é muito mais tranquila, sem tantas nóias, mas também é muito solitária. nesse tempo fora, a coisa mais doida foi perceber como a gente se acostumou a “nutrir” nossas relações respondendo stories ou até mesmo a achar que sabemos da vida das pessoas por aquilo que vemos. Foi muito divertido encontrar amigos e em primeira mão as coisas que estava acontecendo. Ao mesmo tempo, o meu círculo de amizades diminuiu drasticamente e eu pude confirmar que eu sou uma péssima pessoa para tomar iniciativas (sempre acho que vou atrapalhar se chamar alguém pra sair ou se puxar assunto com pessoas que morro de vontade de ser amiga).
Voltei há poucos dias por três motivos: marcar de cortar o cabelo e marcar uma tatuagem com pessoas que só fazem agendamento por lá, e ver fotos que uma amiga posta da bebê dela (durante o ano sem eu acabei vendo as coisas dela pelo perfil do meu trabalho, mas conhecer a Clara pessoalmente me deixou com vontade de interagir mais). Pra tornar aquele lugar mais palatável, parei de seguir mais de 600 pessoas e limitei o tempo de uso (30 min). Consegui não extrapolar esse tempo todos os dias, mas é engraçado como o dedo se acostuma fácil a procurar (e clicar n)o bendito aplicativo.
Fiquei sabendo dos eventos por amigos, que me mandavam prints do instagram quando me convidavam. Os lançamentos de livros eu acompanhei pelo substack mesmo hehe. Sobre os shows, agradeço todos os dias pelo Spotify começar a avisar as pessoas quando os artistas que elas ouvem vão fazer shows perto delas kkkk por causa disso não perdi de ver Rachel Reis por aqui em setembro e já tenho meu ingresso para o show do Gil.
No fim, todas as escolhas têm seus prós e contras. Ainda não sei se vou ficar muito tempo pelo instagram, mas é engraçado como alguns dias e poucas mensagens de “menina, você sumiu” depois eu já senti a (falsa) sensação de “agora eu convivo/converso com mais pessoas, agora já não estou tão sozinha”.
Vanessa <3 te agradeço TANTO pelo relato sincero. é isso, tem muita coisa boa que a gente ganha quando sai, mas perde outras tantas. não dá para dizer que não afeta. afeta SIM. nós construímos essa nova dinâmica social com bases nessas plataformas... e sair delas implica em muitos reajustes (alguns fáceis e outros mais complexos). eu sou uma pessoa muito das pessoas. eu adoro saber que uma amiga da escola fez a primeira viagem com o filho sendo agora mãe solo. me emociono com depoimentos de cura de doenças, de despedida de parentes...
então, o meu plano de momento é realmente DIMINUIR e não SAIR. depois de ler os muitos e incríveis comentários hoje aqui na news, estabeleci um tempo limite e estou pensando em deletar o app e só usar no computador. vamos ver! um beijo enorme em você <3
O que eu fiz até agora foi deletar o Instagram no celular. O que me faz quase nem usar mais. Quando quero ver algo na página de um restaurante ou se alguém me mandou direct, eu entro pelo computador. No computador não dá vontade nenhuma de ficar vendo coisas desnecessárias, para mim. Eu baixo ele de novo se quero postar algo (geralmente respostar foto de rolê que fui marcada) e logo deleto de novo.
tô achando que vou fazer isso tbm, concentrar o uso no computador. pq, nossa, eu uso muito computador...
oi Bárbara - vc viu que o substack aderiu ao discurso do musk?? gosto muito da sua newsletter e gostaria de continuar acompanhando em outra plataforma 😉
eu vi, Julio... péssimo! estou sempre namorando alternativas melhores e independentes. vamos ver no que dá
Seu texto chegou em boa hora. Tenho dezoito anos, minha rotina é o trabalho e sinto que quando não estou trabalhando, estou usando o celular e redes sociais em vez de estudar e fazer as coisas da minha lista de afazeres. Parece que isso afeta muita minha memoria e concentração - ja que boa parte do meu uso de celular é tiktok e musicas chicletes. To tentando o desmame, e reaprendendo que tem outras coisas que eu gosto de fazer, como desenhar, cantar, escrever, ler livros e passear na praça que não precisam de wi-fi ligado :-P
SIM! eu tenho sentido muito isso: reaprender as coisas que gosto para além daquilo que está no meu celular
Me tornei mãe há seis meses e, de certa forma, a vida ativou o “modo oxigênio” à força para mim. Às vezes, também me sinto desconectada do todo. Mas, com o tempo, perder horas nesses aplicativos deixa de ser um hábito. O que realmente nos faz bem e com o que nos identificamos (como essa newsletter, para mim) sempre encontra um jeito de permanecer na nossa vida.
querida <3 ter filho coloca as prioridades em dia ;) um beijo enorme em você!
Oi Barbara! Eu adoro seu conteúdo e me identifico muito contigo :)
Eu sou muito viciada no Instagram e, por questões políticas e morais (mais do que autocontrole frouxo), quero sair. Já pesquisei redes sociais alternativas mas não achei nenhuma que se iguale ao Insta... que pena. Para o twitter (que era minha favorita, me informava do mundo cultural por lá) eu substituí pelo Bluesky e convido todo mundo a ir pra lá - pois rede social quem faz são os usuários, quero gente inteligente lá. Estou buscando empresas mais éticas e quero parar de enriquecer pessoas estúpidas (mesmo que o dinheiro não saia diretamente do meu bolso), mas tá difícil, viu? Já troquei meu gmail pelo proton.me. Recomendo. Telegram pelo Whatsapp, e nesse caso beeeem melhor!
Maaas, fui numa lavanderia express esses dias e só podia fazer login na lavadora com whatsapp :( Achei falta de professionalismo. Não acho professional ter o contato comercial apenas pelo Zap ou Insta. Tô muito equivocada? Me ajudem.
Se vocês souberem de uma rede que possa substituir o Insta me avisem porfa!
PS: tô chocada que o substack se alinhou ao Elon Musk, vou investigar isso agora mesmo!
olha, a minha sensação no momento é de que não existe uma plataforma que não vá nos decepcionar. pode não ser agora, mas lá na frente... igual ao substack. por isso sou muito cautelosa com esse rolê. não me empolgo com nenhum. não saio escrevendo notes declarando meu amor a esse espaço. é só mais um plataforma e pode ser que tenhamos que sair dela não daqui muito tempo. então, é salvar sempre o mailing e não deixar de procurar alternativas. no meu caso, que não sou boa em programação e nem em manter um site que exija muita manutenção, preciso mesmo de algo como foi o tinyletter e como é o substack. mas aparecendo alternativas melhores, não tenho o menor pudor em mudar... mas até agora não encontrei nada que se encaixe nas minhas necessidades :(
Legal essa rotina do próprio Android, mas eu não acho tão eficaz (pelo menos pra mim). Preciso realmente de uma limitação de bloqueio, por isso comecei a usar o App Block que já tem ajudado bastante a limitar o uso de redes sociais por período total no meu dia e também em horários definidos.
Parece que todos nós millenials estamos repensando o uso das redes sociais em 2025, certo? Acho que isso pode ser bem interessante.
nossa, SIM! estamos todos tentando escapar de alguma maneira
apenas que: li essa edição agora, poucas horas depois de ter desativado minha conta no Instagram. hahaha é, de fato, um dos assuntos que nos rondam, não tem jeito. eu já desativei outras vezes antes, acho que o máximo que fiquei sem foi tipo um mês.
mas dessa vez acho que é mais sério: percebi que mais me faz mal do que bem, gera mais ansiedade do que alegria.
e, uma coisa que tenho refletido demais: nossos gostos e desejos tem ficado cada vez mais pasteurizado? a gente quer o que quer porque tá vendo todo mundo querer?
acho que vou escrever sobre isso na newsletter tb... rs
querida <3 acabei de ler sua edição e me bateu fundo a pergunta "como é que a gente volta a pautar a própria vida?"
EU QUERO DEMAIS ISSO!!!
seguimos em busca dessas respostas!
Obrigada por isso, também tenho ensaiado esse recuo. E embora eu tenha muitos interesses e possibilidades de me divertir (ou principalmente a necessidade de descansar!!!!), me sinto sugada pras redes sociais também. Não é falta de repertório. É falta de controle 🥹 porém, apesar de me responsabilizar por encontrar estratégias pra mudar isso (pelo meu bem), não me culpo porque sei que esse vício é efeito de um mecanismo projetado para este fim.
Tenho achado interessante ver tanta gente compartilhando sobre esse assunto e seus processos de desmame. hehe
exato, a falta de controle faz parte da estratégia das redes. não precisamos sentir culpa, mas podemos pelo menos tentar tomar as rédeas de volta \o/
Esse texto falou demaaaais comigo. Quero sair, mas não sei como e nem se vou bancar. Principalmente que mudei de país e o insta tem sido o jeito de compartilhar a vida aqui de forma mais próxima com quem ficou. Acho que entramos em outra era das redes e vamos ter que ir descobrindo conforme andamos.
pois é, o insta é um rolê complexo. tem coisas horríveis e coisas ótimas, ainda mais para quem está precisando se sentir próximo quando se está longe <3
Oie Bárbara. Lindo texto, concordo totalmente com ti, acabei de fazer exatamente isso, botei meu telefone em modo oxigênio que criei no iphone e desde hoje assim que acordar não abrirei o twitter, instagram para saber como está o mundo e sim aplicativos de noticias. Muitas vezes me sentia preso sobre como eu buscava por noticias e acabava me perdendo na infinidade de conteúdo dos apps. Valeu.