eu tive um lance engraçado quando completei 29 anos, a idade que meu pai tinha quando eu nasci. perguntei para ele como era ser pai de uma pessoa de 29 anos e ele só riu na minha cara e disse que era igual a ser pai de uma pessoa com todas as idades que eu já tive.
não entendi essa, deixei na conta da resposta poética, para eu continuar revisitando pelo resto da vida.
enfim... adorei o texto. também amo Interestelar e revi o filme no avião, da última vez que fui ao Brasil. é uma escolha maluca de filme para ver nessa situação,mas caiu bem.
adoro essas respostas dos pais ;) me fez lembrar de uma conversa que tive com minha mãe sobre escolas. eu, angustiada por mudar meu filho de colégio e praticamente estudando os métodos possíveis, perguntei pra ela: como vc escolheu as escolas que estudamos? a resposta: pelo preço. eu invejo demais essa postura menos reflexiva, menos paranoica, sabe?
Oi Babi, seu texto (mais uma vez) me tocou muito, principalmente pelo momento que em estou vivendo (o luto). Consigo te entender perfeitamente quando fala do pavor em receber ligações, vivo esse "trauma" também. A chegada é um dos meus filmes preferidos, e Interestelar ainda não assisti, mas não é a primeira vez que vejo citação deste techo que citou texto e que tenho vontade assistir, vou aproveitar e matar essa vontade hoje. Obrigada pelo texto. Um beijo.
Obrigada por contar sobre a partida de seu pai. Me identifiquei muito com os silêncios dos pais alheios, me lembrei de duas colegas que os pais faleceram quando tínhamos 14 anos - nunca falamos sobre o assunto, que eu saiba. Tenho pensado cada vez mais na partida dos meus pais, nem sei o que fazer com isso e... Não pretendo ter filhos. Outra coisa que faz pensar ainda mais na solidão de existir. Enfim... Quantos pensamentos. Amo Interstellar e todas as incongruências cientificas (odeio quem fica corrigindo filme, haha). Somos cancerianas, que delicia saber disso. Beijocas <3
vivi algo parecido, mas com mãe e aos 23 - mas, depois de alguns meses de doença. também calei o luto (minha versão da camiseta rosa choque: moleton com letras rosa choque. Precisa ir formal? Era a minha primeira vez...) e bem: ele achou seu jeito de gritar bem alto - ainda hoje.
outro dia me peguei pensando no que comentou: aqui, a idade limite é 50. e aí, não paro de pensar na idade que o Pedro teria. 13.
sei lá. fiquei com vontade de conversar. SP podia ser mais pertinho.
penso sempre como ter filho amplia alguns medos. o da morte, por exemplo. sinto que não posso morrer de jeito nenhum. e vencer a idade dos 45 é mais pelo Joca do que por mim mesma. a gente vai conseguir, tenho muita fé nisso
Eu tenho pavor do telefone. Minha mãe me escreve “me liga quando puder” e eu já tenho palpitações, faço a pior leitura possível da frase. Se o telefone toca sem nenhum tipo de aviso prévio, então, é um horror. O medo de perder é o lado B do amor... Fiquei muito muito tocada com seu texto. Obrigada por compartilhar... e vontade doida de rever estes dois filmes, que também amo tanto!
Quando um texto tem o efeito de dez sessões de terapia: parece tão básico, mas precisei ler esta edição para interpretar meu coração disparado quando surge um telefonema – reforçada pela minha fama pública de "detestar telefonemas", o que só os torna ainda mais assustadores... :-((
né?! eu demorei bastante a perceber que era isso. eu colocava só na conta da ansiedade, mas quando comecei a traçar os pensamentos disparados pelas ligações... vi que se tratava de um trauma. já foram tantas ligações assim :(
Seu texto me tocou um bocado. Eu tenho os pais vivos, mas morando longe eu tenho esse pânico do telefone, da notícia, de estar longe. Mas, como vc disse sobre o fantasma dos pais, eu sinto esse medo desde a adolescência. Meu pai passou dos 80, a mãe dos 70 e eu cheguei aos 50. Estamos vivos! ❤️ (e fiquei com vontade de rever interstellar, que é tbem um dos meus filmes favoritos)
que alegria a idade dos seus pais <3 dá um conforto ver tudo que foi vivido, né? pq o medo sempre está ali, mas não pode nos roubar a vida. um beijo enorme!
Perdi minha mãe quando tinha 14 anos... E quando esse assunto chegou na minha sala de aula, a sensação que eu sentia era bem essa que você relatou... Decidi enfrentar de peito aberto... Mas foi só na vida adulta que fui perceber o efeito que " Esconder o luto" tinha me causado. Hoje, com quase 25 trato essa questão em quase toda a seção de terapia...
Penso eu que, todos que passam por grandes perdas, precisam do seu próprio tempo para poder digerir o luto por mais que seja um processo cansativo e muito dolorido!!!
Muito obrigado por compartilhar esse relato com a gente! ❤️
sinto muito que você tenha perdido sua mãe tão jovem. é uma merda. uma grande merda. mas é isso... de alguma maneira a gente segue em frente, sempre com a lembrança daqueles que perdemos. uma imagem de conforto para mim é pensar no meu pai como uma espécie de horcrux do bem (sinais da infância lendo harry potter). imagino que um pedaço da alma dele grudou dentro de mim e assim carrego ele por aí, presenciando de alguma forma as conquistas que ele não pôde ver fisicamente.
Obrigada por compartilhar essa história, Babi! Eu me emocionei, me lembrei do meu pai, das muitas boas memórias que tenho dele, das minhas ansiedades com telefonemas (oriundas de outros traumas), e das várias vezes em que eu penso: "o que meu pai faria se estivesse por aqui nos dias de hoje?"
Adoro ler seus textos e reflexões. Obrigada de novo por compartilhá-los!
Rachel <3 Obrigada pelo carinho! É um exercício tão louco pensar em quem eles seriam se ainda estivessem vivos, né? Uma coisa que eu sinto falta é não poder perguntar sobre a vida dele quando jovem. Aos 18 anos eu ainda não tinha essa curiosidade e agora morro de vontade de saber como ele era, como foi ter filhos, quais sonhos ele deixou para trás...
Nossa, nem me fale. Tem várias histórias do lado dele da família que só descobri quando já não tinha mais quase ninguém para perguntar. Histórias incríveis de migração e resiliência, pensamentos políticos e sociais... minha vontade é um dia conseguir mergulhar nessas histórias e tentar preencher pelo menos algumas lacunas para não deixar elas sumirem tão rapidamente.
Obrigada mais uma vez pelo seu texto! É sempre uma delícia ler sua newsletter.
Oi, Bárbara, que lindo o seu relato, arrepiante, obrigada por abrir as gavetas da alma.
Eu tenho 43 anos e minha mãe se tornou avó da minha sobrinha quando ela também tinha 43 anos. Eu não sou casada e não tenho filhos, vivo num estado de inadequação constante. Mas, como o trauma é uma linguagem impregnada, podemos sempre escolher outras palavras para contar a mesma historia, não é mesmo?
Sou uma leitora frequente e anônima, mas hoje fui tocada de uma forma especial. Adorei o texto, acho importante manifestarmos nossas dores mesmo que discretamente. Um beijo carinhoso,
eu tive um lance engraçado quando completei 29 anos, a idade que meu pai tinha quando eu nasci. perguntei para ele como era ser pai de uma pessoa de 29 anos e ele só riu na minha cara e disse que era igual a ser pai de uma pessoa com todas as idades que eu já tive.
não entendi essa, deixei na conta da resposta poética, para eu continuar revisitando pelo resto da vida.
enfim... adorei o texto. também amo Interestelar e revi o filme no avião, da última vez que fui ao Brasil. é uma escolha maluca de filme para ver nessa situação,mas caiu bem.
abraço!
ps: obrigada por linkar meu último texto ❤️
adoro essas respostas dos pais ;) me fez lembrar de uma conversa que tive com minha mãe sobre escolas. eu, angustiada por mudar meu filho de colégio e praticamente estudando os métodos possíveis, perguntei pra ela: como vc escolheu as escolas que estudamos? a resposta: pelo preço. eu invejo demais essa postura menos reflexiva, menos paranoica, sabe?
Oi Babi, seu texto (mais uma vez) me tocou muito, principalmente pelo momento que em estou vivendo (o luto). Consigo te entender perfeitamente quando fala do pavor em receber ligações, vivo esse "trauma" também. A chegada é um dos meus filmes preferidos, e Interestelar ainda não assisti, mas não é a primeira vez que vejo citação deste techo que citou texto e que tenho vontade assistir, vou aproveitar e matar essa vontade hoje. Obrigada pelo texto. Um beijo.
um abraço enorme em você <3
e depois me conta quando assistir Interestelar ;)
Obrigada por contar sobre a partida de seu pai. Me identifiquei muito com os silêncios dos pais alheios, me lembrei de duas colegas que os pais faleceram quando tínhamos 14 anos - nunca falamos sobre o assunto, que eu saiba. Tenho pensado cada vez mais na partida dos meus pais, nem sei o que fazer com isso e... Não pretendo ter filhos. Outra coisa que faz pensar ainda mais na solidão de existir. Enfim... Quantos pensamentos. Amo Interstellar e todas as incongruências cientificas (odeio quem fica corrigindo filme, haha). Somos cancerianas, que delicia saber disso. Beijocas <3
né?! o filme tem partes que a gente fica "mas isso é possível?", só que depois fica claro que o como não é tão importante no rolê.
e sobre o medo de perder os pais, é uma grande merda. apesar de ter passado por isso uma vez, não estou pronta para passar de novo. de jeito nenhum.
mais um texto daqueles de fazer o noso coraçao palpitar. é seu dom. Linkei na minha news, pra variar. beijo imenso.
que relato sincero...
vivi algo parecido, mas com mãe e aos 23 - mas, depois de alguns meses de doença. também calei o luto (minha versão da camiseta rosa choque: moleton com letras rosa choque. Precisa ir formal? Era a minha primeira vez...) e bem: ele achou seu jeito de gritar bem alto - ainda hoje.
outro dia me peguei pensando no que comentou: aqui, a idade limite é 50. e aí, não paro de pensar na idade que o Pedro teria. 13.
sei lá. fiquei com vontade de conversar. SP podia ser mais pertinho.
meu abraço fortão <3
Mari <3
penso sempre como ter filho amplia alguns medos. o da morte, por exemplo. sinto que não posso morrer de jeito nenhum. e vencer a idade dos 45 é mais pelo Joca do que por mim mesma. a gente vai conseguir, tenho muita fé nisso
um beijo enorme!
que texto. ❤️❤️
Eu tenho pavor do telefone. Minha mãe me escreve “me liga quando puder” e eu já tenho palpitações, faço a pior leitura possível da frase. Se o telefone toca sem nenhum tipo de aviso prévio, então, é um horror. O medo de perder é o lado B do amor... Fiquei muito muito tocada com seu texto. Obrigada por compartilhar... e vontade doida de rever estes dois filmes, que também amo tanto!
amiga <3 o medo é mesmo o ônus do amor. e vale a pena, como vale!
Quando um texto tem o efeito de dez sessões de terapia: parece tão básico, mas precisei ler esta edição para interpretar meu coração disparado quando surge um telefonema – reforçada pela minha fama pública de "detestar telefonemas", o que só os torna ainda mais assustadores... :-((
né?! eu demorei bastante a perceber que era isso. eu colocava só na conta da ansiedade, mas quando comecei a traçar os pensamentos disparados pelas ligações... vi que se tratava de um trauma. já foram tantas ligações assim :(
um abraço, babi <3
Seu texto me tocou um bocado. Eu tenho os pais vivos, mas morando longe eu tenho esse pânico do telefone, da notícia, de estar longe. Mas, como vc disse sobre o fantasma dos pais, eu sinto esse medo desde a adolescência. Meu pai passou dos 80, a mãe dos 70 e eu cheguei aos 50. Estamos vivos! ❤️ (e fiquei com vontade de rever interstellar, que é tbem um dos meus filmes favoritos)
que alegria a idade dos seus pais <3 dá um conforto ver tudo que foi vivido, né? pq o medo sempre está ali, mas não pode nos roubar a vida. um beijo enorme!
Perdi minha mãe quando tinha 14 anos... E quando esse assunto chegou na minha sala de aula, a sensação que eu sentia era bem essa que você relatou... Decidi enfrentar de peito aberto... Mas foi só na vida adulta que fui perceber o efeito que " Esconder o luto" tinha me causado. Hoje, com quase 25 trato essa questão em quase toda a seção de terapia...
Penso eu que, todos que passam por grandes perdas, precisam do seu próprio tempo para poder digerir o luto por mais que seja um processo cansativo e muito dolorido!!!
Muito obrigado por compartilhar esse relato com a gente! ❤️
obrigada você, kauê <3
sinto muito que você tenha perdido sua mãe tão jovem. é uma merda. uma grande merda. mas é isso... de alguma maneira a gente segue em frente, sempre com a lembrança daqueles que perdemos. uma imagem de conforto para mim é pensar no meu pai como uma espécie de horcrux do bem (sinais da infância lendo harry potter). imagino que um pedaço da alma dele grudou dentro de mim e assim carrego ele por aí, presenciando de alguma forma as conquistas que ele não pôde ver fisicamente.
Também sinto o mesmo com a minha mãe ❤️
Obrigada por compartilhar essa história, Babi! Eu me emocionei, me lembrei do meu pai, das muitas boas memórias que tenho dele, das minhas ansiedades com telefonemas (oriundas de outros traumas), e das várias vezes em que eu penso: "o que meu pai faria se estivesse por aqui nos dias de hoje?"
Adoro ler seus textos e reflexões. Obrigada de novo por compartilhá-los!
Rachel <3 Obrigada pelo carinho! É um exercício tão louco pensar em quem eles seriam se ainda estivessem vivos, né? Uma coisa que eu sinto falta é não poder perguntar sobre a vida dele quando jovem. Aos 18 anos eu ainda não tinha essa curiosidade e agora morro de vontade de saber como ele era, como foi ter filhos, quais sonhos ele deixou para trás...
Nossa, nem me fale. Tem várias histórias do lado dele da família que só descobri quando já não tinha mais quase ninguém para perguntar. Histórias incríveis de migração e resiliência, pensamentos políticos e sociais... minha vontade é um dia conseguir mergulhar nessas histórias e tentar preencher pelo menos algumas lacunas para não deixar elas sumirem tão rapidamente.
Obrigada mais uma vez pelo seu texto! É sempre uma delícia ler sua newsletter.
torcendo para que você consiga traçar essas histórias <3
Oi, Bárbara, que lindo o seu relato, arrepiante, obrigada por abrir as gavetas da alma.
Eu tenho 43 anos e minha mãe se tornou avó da minha sobrinha quando ela também tinha 43 anos. Eu não sou casada e não tenho filhos, vivo num estado de inadequação constante. Mas, como o trauma é uma linguagem impregnada, podemos sempre escolher outras palavras para contar a mesma historia, não é mesmo?
Um beijo!
obrigada pelo carinho, Roberta <3 e anotei essa frase: "o trauma é uma linguagem impregnada". fez tanto sentido para mim ;)
Sou uma leitora frequente e anônima, mas hoje fui tocada de uma forma especial. Adorei o texto, acho importante manifestarmos nossas dores mesmo que discretamente. Um beijo carinhoso,
um beijo enorme em você <3
obrigada pelo texto, Bárbara!
fico até arrepiada de ser mencionada por vc, Babi <3
eu gosto MUITO do que você compartilha <3 o seu comprometimento e carinho com a literatura transbordam sempre