me sinto na mesma situação. sem tempo de maturação, aquela ideia de ficar vagando pra assentar o texto dentro e fora da gente. também sou a mãe que escreve em pequenos fragmentos do dia. o que tenho aproveitado é: quando coloco-os pra dormir, faço pausas silenciosas e consigo viajar nos pensamentos, formar frases, aliás, muitos dos meus textos saem dessa meditação ensurdecedora de pensamentos que faço na hora deles dormirem.
Por aqui é igual. Enquanto ele não chega, enquanto ele dorme. Lembro sempre de Alice Munro contando que cuidava de 4 ou 5 filhos e da casa sozinha e escrevia o mais rapido possivel nos raros intervalos e enquantos…
Lembrei de uma escritora colombiana chamada Pilar Quintana. Ela escreveu "A cachorra", que tá publicado em português pela Intrínseca, enquanto amamentava. Tem umas entrevistas dela sobre o assunto.
Recentemente li o Casa de Alvenaria, e a Carolina Maria de Jesus fala bastante no diário sobre o tempo da escrita e o cuidado com a casa, com os filhos, com os eventos literários depois da publicação de Quarto de despejo. O livro é muito bom!
Babi, chegou a ver algo sobre Clarice Lispector? Lembro de ter ouvido que ela escrevia do meio da sala com a máquina de escrever no colo, para não ficar isolada dos filhos escrevendo sozinha.
Me identifiquei muito com esse texto! Por aqui rola a mesma coisa. As vezes penso no quanto é frisado que para se manter escrevendo é preciso ter uma rotina diária de escrita. Se assim fosse, nunca mais teria escrito nada. Seguimos escrevendo nas brechas, nos enquanto, ocupando esse espaço que também é nosso <3
Não tenho nem palavras pro tanto que eu amei e me vi nesta edição. Lembrei aqui dessas referências: https://austinkleon.com/2020/05/10/5-great-books-about-art-and-motherhood/
E obrigada pela indicação! ❤️
Ai, Carol! Super obrigada por compartilhar <3 Vai me ajudar bastante!
me sinto na mesma situação. sem tempo de maturação, aquela ideia de ficar vagando pra assentar o texto dentro e fora da gente. também sou a mãe que escreve em pequenos fragmentos do dia. o que tenho aproveitado é: quando coloco-os pra dormir, faço pausas silenciosas e consigo viajar nos pensamentos, formar frases, aliás, muitos dos meus textos saem dessa meditação ensurdecedora de pensamentos que faço na hora deles dormirem.
essas horas de calmaria são um presente. ontem, terminei de montar a newsletter de madrugada, com a casa e a cidade inteirinhas para mim ;)
Por aqui é igual. Enquanto ele não chega, enquanto ele dorme. Lembro sempre de Alice Munro contando que cuidava de 4 ou 5 filhos e da casa sozinha e escrevia o mais rapido possivel nos raros intervalos e enquantos…
"o mais rápido possível nos raros intervalos" - É ISSO!
mães que escrevem enquanto. exatamente nesse lugar. tempo, tempo, tempo!
Lembrei de uma escritora colombiana chamada Pilar Quintana. Ela escreveu "A cachorra", que tá publicado em português pela Intrínseca, enquanto amamentava. Tem umas entrevistas dela sobre o assunto.
Ai, Rafael! Obrigada por me dizer, vou JÁ atrás dessa entrevista <3
Recentemente li o Casa de Alvenaria, e a Carolina Maria de Jesus fala bastante no diário sobre o tempo da escrita e o cuidado com a casa, com os filhos, com os eventos literários depois da publicação de Quarto de despejo. O livro é muito bom!
o livro está aqui na minha pilha e estou bem ansiosa para começar <3
Babi, chegou a ver algo sobre Clarice Lispector? Lembro de ter ouvido que ela escrevia do meio da sala com a máquina de escrever no colo, para não ficar isolada dos filhos escrevendo sozinha.
Sim! Estou de olho nela, algumas autoras contemporâneas e outras gringas: Zadie Smith, Shirley Jackson, Ursula K. Le Guin <3
Me identifiquei muito com esse texto! Por aqui rola a mesma coisa. As vezes penso no quanto é frisado que para se manter escrevendo é preciso ter uma rotina diária de escrita. Se assim fosse, nunca mais teria escrito nada. Seguimos escrevendo nas brechas, nos enquanto, ocupando esse espaço que também é nosso <3
exato! essa pressão para criar uma rotina de escrita é tão danosa :(