Ilustração: Kazumi Yoshida "After great pain, a formal feeling comes.” É com este trecho de um poema de Emily Dickinson que a escritora Ali Smith começa o artigo que ocupou meus pensamentos durante boa parte da semana. Ela fala sobre a relação da forma literária com a dor coletiva. Depois de grandes mudanças, de rupturas, vem a necessidade de uma nova apresentação. Um jeito que comporte melhor a confusão, as angústias do tempo corrente. Foi assim com o modernismo e a Primeira Guerra Mundial — pelas mãos de Virginia Woolf, Katherine Mansfield, James Joyce, entre tantos. E assim será, ou melhor, já tem sido, ainda que não se note. Ninguém passa incólume por uma pandemia, pelo risco de uma nova grande guerra, pelo medo do uso de armas nucleares. Pelo enfraquecimento das democracias. Pela vida cada vez mais digital. Tudo muda. Os temas, os formatos possíveis de narração. Não que se procure conscientemente por isso. É inevitável. O seguir da vida te faz escrever diferente.
Tenho imensa curiosidade de saber como (e se) vamos sair disso tudo do ponto de vista da sensibilidade e das emoções, mas não crio expectativas sobre mudarmos em curto prazo como humanidade infelizmente. O "vamos sair melhor da pandemia" já baixou bem essa bola hehehe
E eu quero muitooooo essas três series também - e voltar a Amiga Genial 😍
#184 Queria ser grande, mas desisti
Tenho imensa curiosidade de saber como (e se) vamos sair disso tudo do ponto de vista da sensibilidade e das emoções, mas não crio expectativas sobre mudarmos em curto prazo como humanidade infelizmente. O "vamos sair melhor da pandemia" já baixou bem essa bola hehehe
E eu quero muitooooo essas três series também - e voltar a Amiga Genial 😍
Já assistiu Julie and Julia?