#216 Queria ser grande, mas desisti

metas improdutivas

De tantas metas que vi por aí, uma fez sentido: viajar mais com os amigos. É o que eu quero para mim e vai na contramão dos objetivos de aperfeiçoamento e de produtividade que me causam desconforto. Vou levar da vida os encontros com conversas intermináveis, as danças desengonçadas com o Joaquim, as risadas escancaradas com meu marido. Os dias de calor na casa dos meus pais. A lembrança de um peru estraçalhado na noite de natal, que remendamos com fatias de bacon. Os perrengues e as paisagens dos meses de férias. E nada disso é passível de um balanço numérico. São itens que não entram nos inventários de fim de ano. Mas são eles que valem. Eu quero um ano com mais vida. Quero convidar os amigos lá pra casa e cozinhar os pratos que eles gostam. Quero sair para jantar a pé aos finais de semana e sentir que pertenço ao meu bairro. Quero levar o Joca para acampar, para andar numa montanha-russa, para ver o mar mais do que duas vezes por ano. Quero encontrar meus pais, minhas irmãs e meus sobrinhos sempre que der. Quero rever filmes favoritos e passar horas falando sobre eles. Quero pegar o carro, descer pela costa do Uruguai e depois atravessar de balsa até Buenos Aires — contrariando os palpites que insistem em dizer para eu ir de avião.

Esta semana, enviei para os apoiadores da newsletter um vídeo contando como é ser jornalista num mestrado em Letras. Fiz também um passo a passo para quem está começando a pensar em voltar para a universidade. Agora, o acesso ao vídeo está liberado para todos \o/ Mas o passo a passo segue exclusivo. Então, se puder, considere assinar <3

Cinco mitos de produtividade

A Paula Nazarian escreveu sobre intenções flexíveis e contou como passou o final do ano sem agito, lá na Patagônia — uma das viagens que mais tenho vontade de fazer <3

Quem são os nossos pais?

Quanto cabe nas fotografias?

Por uma escrita fora de si — ensaio bacanérrimo que vi na newsletter da

Taís Bravo

Os cursos de escrita da Ana Rüsche

Cozinhando com Virginia Woolf — dica da querida

Sarah Germano

Mell Ferraz acabou de ler As ondas e me deu muita vontade de começar. Ela indicou um ensaio que parece ótimo: Uma poética hídrica em The Waves, de Virginia Woolf

Música da semana <3 Já amava Phoebe Bridgers e agora estou ainda mais encantada com o retorno de boygenius, grupo que ela criou junto com Julien Baker e Lucy Dacus. Recomendo DEMAIS assistir ao Tiny Desk Concert gravado em 2018.

Comparação: a pior das bússolas

Nada contra, mas tudo contra

Paranoia tecnológica

Um prazer: os vídeos dessa menininha comendo

contente.vc

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Queria ser grande, mas desisti também é livro \o/
E se quiser me acompanhar em tempo nada real: @babibomangelo