Gosto de dizer que sou mais leonina do que canceriana. Lua, Mercúrio e Vênus aparecem em Leão no meu mapa astral. Em Câncer, só o sol mesmo. E tudo bem, o sol é MUITA coisa, eu sei. Mas Leão é tão mais protagonista na vida. Nada de ser taxado de chorão, de dramático, de viver dentro da concha, fechado em si e fixado nos amores mais próximos. Leão é pra fora, Câncer é pra dentro.
Só que a verdade é que eu não sou tão pra fora assim. Talvez numa primeira impressão até pareça que sim. Eu falo bastante, tenho quase nada de timidez, faço amigos com facilidade. Mas, tão rápido quanto me empolgo, canso da minha própria voz e da dos outros; converso com uma galera, mas só me abro mesmo para poucos; e assim que coloco o pé na rua, não vejo a hora de voltar pra casa, pros livros, pra escrita, pro silêncio.
A vontade que me ronda é sempre essa, a de voltar pra dentro. Da minha memória, das minhas lembranças — o verdadeiro lugar que habito. Eu guardo tudo, de bom e de ruim. Repasso os eventos na cabeça de forma quase obsessiva, como quem revê um filme favorito (ou dolorido).
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