O que estabelece o fim de um projeto de escrita? Chegar à última página? Como saber que aquela é a derradeira? Quando se trata de uma pesquisa, por exemplo, o ponto final de uns pode ser o começo de outros.
Sabendo que talvez nunca sinta que a dissertação está completamente completa, passei a imaginar outros parâmetros para a ideia de conclusão: a escrita das páginas com a dedicatória, os agradecimentos e a epígrafe principal, aquela que abrirá as mais de cem páginas que resultaram desses três anos de mestrado.
São poucas palavras, mas, caramba, como me deixam emocionada. Dedicar o esforço de uma análise a pessoas queridas é adorável. É o reconhecimento da força que elas têm na minha vida, da energia que me emprestaram em momentos turbulentos e cansativos.
Para a parte dos agradecimentos, listo antes todos aqueles que participaram do processo de alguma forma. E são muitos. Ainda que, num primeiro olhar, a escrita pareça uma atividade solitária, a minha experiência até aqui aponta para a avaliação contrária. Escrevi — e escrevo — a partir da voz e do olhar de uma galera querida.
Agora, falemos da epígrafe. Muitos passam batido por ela — mas não eu. Vejo esses pequenos trechos de texto como os primeiros acordes de uma música, que embalam de um jeito um tanto misterioso, dando o tom, mas sem entregar totalmente o que vem pela frente. E até agora não encontrei o som perfeito para encaminhar a leitura da dissertação.
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