Sou obcecada por listas. De tudo quanto é tipo. De afazeres, de ideias, de coisas que quero ler e assistir. Na tela inicial do meu celular, além do horário e da temperatura, tem uma nota chamada mergulhar:
Tenho o sonho de conseguir inventariar por completo a minha vida cultural. 38 anos em filmes. 38 anos em livros. 38 anos em séries. 38 anos em exposições. Impossível, eu sei, então me contento com os anos mais recentes. Apelo para notas como esta aí de cima, mas também para tabelas e aplicativos específicos para cada item, como Letterboxd, IMDB e afins.
E é a partir desses registros que escrevo uma das newsletters mais bacanas: a de melhores do ano, com o renomadíssimo PRÊMIO BABI DE LITERATURA \o/ Um levantamento íntimo, sem regras rígidas, que me ajuda a entender que gosto tiveram os últimos doze meses. É um exercício revelador. As obsessões literárias de cada época costumam ter uma conexão bem próxima com meu humor e estado mental.
Este ano, por exemplo, li uma quantidade inusitada de livros que tratam de ausências. De personagens que procuram por uma pessoa desaparecida ou que querem desvendar um episódio que nunca é relevado ou resolvido totalmente pela narrativa. É uma falta que impulsiona a história, mas que também angustia o leitor. E desconforto é um elemento que costuma estar presente nas obras que mais gosto.
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