Agosto foi um mês de ansiedade. De ter que abrir mão de um monte de coisa para conseguir manter minimamente o pescoço acima d’água. Em períodos assim, procuro por livros que já li ou por algo que me transporte para bem longe dos meus dias. E até hoje não encontrei nada melhor para isso do que ficção científica. É uma preferência que tenho desde criança e que foi crescendo conforme descobri os grandes clássicos do gênero: 1984 e Admirável mundo novo. Só de falar, me dá uma vontade imensa de reler, nem que seja um trechinho de cada. Já perdi a conta de quantas vezes fiz isso com 1984 — não posso passar em frente a uma edição nova. Esse é o tanto que gosto de ficção científica e, por isso, me surpreendo com a quantidade de narizes torcidos que vejo quando comento leituras do tipo. É, tem quem ache uma bobeira enorme. Piração. Coisa de criança. Como se a inventividade tivesse um limite aceitável. Criou um novo mundo, uma tecnologia maluca? Ih, foi longe demais, vou considerar como uma literatura menor. Ok, o preconceito literário é livre — mas muito chato.
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