Quando gravei o vídeo abaixo, não imaginava a virada que minha semana daria. Uma onda de demissão atingiu com força a empresa onde trabalho. Desses cortes que se tornam notícia pelos sites de fofoca, com cobertura ao vivo pelo twitter, com listas de possíveis nomes — confirmados ou não. Fui poupada. Um alívio, é claro, mas não sobrou espaço para isso. Ainda não. É de uma tristeza enorme dar tchau a amigos queridos, a profissionais que tanto admiro.
Enfim, o dia de estudo e escrita que é tão constante na minha rotina, acabou sendo a exceção da semana. O jornalismo te ensina a continuar trabalhando em meio ao caos, em meio a notícias horríveis. E, sendo assim, segui com o inadiável. Mas todo o resto deixei cair. Não assisti minhas aulas, não li artigos que precisava, não escrevi nenhuma linha sobre a pesquisa. Respeitei a urgência de recolhimento que meu corpo pedia. E é tão raro eu parar antes de pifar que até estranhei. Tem grudado na minha cabeça a consciência de que não sou inabalável. Já era hora.
Hoje, quando abri o computador, caí logo de cara no programa de edição de imagens. Pensei em não mexer no vídeo até semana que vem, mas me fez um bem danado lembrar como são os dias normais e felizes. Como a vida embaralha a rotina, os planos, mas ainda há um centro para onde voltar. E retornar é o grande gesto da pesquisa, da escrita, da leitura.
O que registrei nesse vídeo:
um tantinho da rotina de quem tem filho, faz mestrado e trabalha à noite
citei um site e um app que tenho usado
e gravei um relato, mais ou menos no meio do vídeo, com meus planos para o relatório de qualificação ;)
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