#40 Queria ser grande, mas desisti
***Você já foi ao cinema ver Mulher-Maravilha? Se não, cuidado! A carta de hoje pode conter spoilers ;)
Nesta semana, li muitos textos sobre o filme da Mulher-Maravilha. Todos eram super elogiosos. Falavam sobre a importância de uma história que destaque a força (não só física) de uma heroína, ainda mais uma que tem raízes feministas.
Concordo pra caramba com tudo isso. É ótimo ver uma mulher como personagem principal de um filme de ação, sem falar que a direção também é de uma mulher. E o melhor de tudo é essa produção fazer sucesso. Bem mais sucesso, inclusive, que os filmes anteriores da DC Comics, que traziam Superman e Batman.
Só que, infelizmente, eu não gostei tanto do filme quanto milhares de pessoas por aí. Digo "infelizmente" porque eu adoro super-heróis e acompanho de perto os lançamentos. Já perdi a conta, por exemplo, de quantas vezes assisti a trilogia do Batman, do Christopher Nolan.
Por gostar tanto desse mundo, talvez eu tenha criado expectativas demais, assumo. Mas, sei lá, os diálogos me soaram fracos e forçados em vários momentos. A atuação da Gal Godot também não me encantou. Ela é linda e muito carismática, mas um tanto inexpressiva quando comparada aos outros atores (Robin Wright está ótima, por exemplo). Outro ponto do meu descontentamento foram as cenas de ação - ô, uso exagerado da câmera lenta.
Além disso, achei que o roteiro explorou pouco algumas questões. Ela descobre que tem poderes quando já é adulta, mas o espanto passa rápido demais. Também não há nenhum questionamento sobre como aquilo é possível. Ela simplesmente aceita e bola pra frente.
Enfim, saí do cinema com a sensação de que o filme, que já tem tantos fãs, poderia ter sido melhor. Minha humilde opinião. Alguém aí pensa como eu? Estou me sentindo um peixe fora d'água ;)
Eu tenho muitas amigas que são mães e que sempre foram muito sinceras com o lado punk de criar filhos, mas sei que nem todas as mulheres têm uma rede apoio como essa. Muitas só ouvem relatos romantizados e sofrem ao se deparar com a realidade do pós-parto. Daí a importância de falarmos abertamente sobre os nossos medos e dificuldades. Só assim seremos acolhidas e acolheremos quem precisa. A cantora Pitty fez isso lindamente numa entrevista à jornalista Mônica Bergamo:
"O puerpério é uma coisa sobre a qual ninguém fala. Não é fácil, é foda. Você está sem dormir, seu corpo está diferente, num tsunami hormonal. Ao mesmo tempo você está fascinada e apaixonada por aquela pessoa ali com você. O dia que o leite desce é o mais louco. Eu não me reconhecia, olhava no espelho e não sabia quem era aquela pessoa. É uma abnegação enorme. E passei por isso com estrutura, sendo bem cuidada, com meu marido ao lado. Imagina as pessoas que não têm estrutura? A gente precisa pensar em dar um suporte melhor para essas mulheres."
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