Numa mesma semana acabaram todas as séries que eu assistia e, por isso, fui atrás dos hypes que eu não tinha embarcado até então. Porque, né, difícil demais acompanhar o volume de coisas que vendem como i-m-p-e-r-d-í-v-e-i-s. Mas que no fim, se são boas mesmo, tanto faz se são vistas agora ou depois, quando ninguém mais está tentando esfregar um spoiler na sua cara. Claro, tem o lado delicioso de assistir Succession junto com o mundo todo e no dia seguinte comentar o que foi aquela pegada de mão sem apertar entre Shiv e Tom. Ainda mais diante do fato de que Tom é Mr Darcy e Mr Darcy executa a melhor pegada de mão da história do cinema.
Pois é, foi assim, órfã de ricos insuportáveis, que comecei a ver Alta Fidelidade —lançada em 2020 e cancelada logo em seguida com uma temporada só. E isso é triste porque a série é bem bacana. Mesmo. É a segunda adaptação do livro de Nick Hornby. Livro que marcou o fim da minha adolescência. Livro que li três vezes seguidas de tanto que eu gostei. E que desde então nunca mais me atrevi a pegar pois sei que o mais provável é sentir meu ânimo esvaziar como bexiga. Um homem meio babaca esbravejando sobre desilusões amorosas talvez caia de um jeito estranho. Já senti um tanto disso quando revi o filme com John Cusack — ator que eu amava desesperadamente, mas agora me pergunto COMO. Sigo apenas com a paixão inexplicável por Tom Cruise. Dias de Trovão e Top Gun continuam perfeitos e que ninguém tente me convencer do contrário.
Da digressão sobre ídolos adolescentes dos anos 90, volto à nova versão de Alta Fidelidade. Porque ter Zöe Kravitz como Rob fez maravilhas para a história. Atualizou a dor do coração partido com discussões sobre raça e principalmente sobre gênero. De jeitos nada forçados. Gostoso de ver. É minha série das madrugadas e estou racionando os últimos episódios já que não estou pronta para mais um fim. Ainda bem que a segunda temporada de The Bear estreia em junho (pelos menos lá fora) e aí ficarei mais uma vez obcecada por Jeremy Allen White. Até o modelo de tênis que ele usa eu comprei. Sim, comprei.
Não pense que me esqueci de falar da trilha sonora de Alta Fidelidade. É que já quis vir com o serviço completo. Playlist boa demais e que me deixou louca de saudade das fitas e CDs que eu gravava para as amigas.
Quando eu morrer, publiquem o nome das minhas playlists — assino embaixo!
No clima dos top 5 que Rob faz ao longo da história, aqui vai a lista do que pretendo namorar na Feira do Livro, que rola a partir de hoje lá no Pacaembu:
Contos completos, de Virginia Woolf (Editora 34)
Felizes os felizes, de Yasmina Reza (Âyiné)
Tempo final, de Maylis Besserie (Editora Nós) — indicação da Larissa, minha querida parceira de pesquisa e de café gostosos <3
Canto eu e a montanha dança, de Irene Solà (Editora Mundaréu)
Os funcionários, de Olga Ravn (lançamento da Editora Todavia)
Onze deliveries para pedir em São Paulo — lista preciosa ;)
Ambos — que edição da
Por outras definições de sucesso
O corpo e os impactos do tempo
Este fio sobre trabalhar com tradução
Um amor chamado… alho <3
E o registro de um fim perfeito:
Queria ser grande, mas desisti também é livro \o/
E se quiser me acompanhar em tempo nada real: @babibomangelo
Adoro Alta fidelidade mas não gosto do livro e muito menos do filme hahaha a História com Zoe é muito mais autêntica... Aquele jeitinho só nosso de estragar boas relações affe acompanhada de boa música lógico
Tô nessa mesma vibe; sem saber como superar Mrs Maisel e Ted Lasso acabando ao mesmo tempo. 🥲