#2 Queria ser grande, mas desisti

ilustração: Elliana Esquivel

Na semana passada, a avó do meu marido morreu. Ela estava doente há algum tempo, com um câncer que se espalhou rapidamente pelo corpo. A notícia não veio de repente - ela foi internada numa terça-feira e desde então nos preparamos para aquela ligação que sempre vem de madrugada. Não deu outra: o telefone tocou às 5h30 da sexta-feira e corremos para a cidadezinha dela no Paraná.

Ir a velórios e enterros, infelizmente, é algo muito familiar para mim. Eu já perdi meu pai, todos os meus avós e alguns tios. Mas nestas ocasiões precisei lidar "apenas" com o meu luto e o da minha família. Navegar pela dor do outro é mais complicado. Digerir a morte é algo muito pessoal e nem sempre acertamos na hora de consolar.

Pensando nisso, acabei lembrando deste texto do New York Times que traz algumas dicas de como ajudar em momentos de tristeza. Eis os trechos - numa tradução livre - que falaram mais perto do meu coração:

Esteja presente. Algumas pessoas pensam que aqueles que passaram por traumas precisam de espaço para ajeitar as coisas. Suponha o oposto. A maioria precisa de presença.

Não compare, nunca. Não diga "Eu entendo como é perder um filho. Meu cachorro morreu e foi difícil também". Mesmo que a comparação pareça pertinente, não faça. Cada trauma deve ser respeitado em sua singularidade. Cada história deve ser ouvida com atenção, como uma coisa única.

Não diga "você vai superar isso". Não existe isso de deixar para trás. Uma grande ruptura traz um novo padrão de normalidade. Não há volta para o "velho eu".

Voltamos pra São Paulo no domingo e fomos sugados por uma nova série, que é a grande estrela dos links desta semana:



Já viu Stranger Things, a nova série do Netflix? Veja! São oito capítulos de uma história de terror light (e levemente trash) passada nos anos 80. A trilha é incrível e me lembrou muito a do filme Tron.

E quem já assistiu a temporada inteira vai gostar de ler a entrevista que a Variety fez com os irmãos Duffer, os criadores da série. Eles falam sobre as escolhas que fizeram ao longo da trama e dão umas dicas do que pode acontecer na segunda temporada. Ansiosa ;)

Falando em Netflix, o Buzzfeed listou alguns dos melhores documentários disponíveis por lá. Recomendo fortemente: Jiro Dreams of Sushi e She's beautiful when she's angry



O blog Follow the Colours fez uma entrevista muito bacana com o coletivo As Tattooistas - um grupo de mulheres empenhado em quebrar preconceitos do universo da tatuagem

Por uma boa 2ª impressão

Um cara completou 30 anos e decidiu fazer um funeral para a década dos 20 <3

Seja você também uma vagabunda

Já conhece o clube do livro da Emma Watson, a eterna Hermione? Pois é, ela comanda um grupo de leitura feminista no Goodreads - uma rede social para os devoradores de histórias. O livro da vez é Hunger makes me a modern girl, da Carrie Brownstein. No mês passado, li Persepólis e amei

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