#163 Queria ser grande, mas desisti
Le jardin à Bougival, de Berthe Morisot
Se eu gosto de um livro, saiba que vou marcá-lo. À lapiseira, com post-its ou até com as temidas dobrinhas no canto da página. Destaco frases interessantes, informações para pesquisar mais tarde. Tenho uma predileção por anotar referências a outras obras. O livro que a personagem está lendo, o nome da música que toca quando o casal se forma. Vejo como pistas essenciais, migalhas deixadas pelo autor para pintarmos uma imagem mais completa da personalidade de cada ser que ele criou, ou dele mesmo. Sally Rooney faz isso pra caramba. Em Belo mundo, onde você está as protagonistas falam dos romances de Henry James, uma delas escreve um ensaio sobre Natalia Ginzburg, a outra lê um artigo sobre Annie Ernaux. Algumas citações são apenas de passagem, enquanto outras rendem discussões mais extensas, como os retratos de Berthe Morisot pintados por Manet. Quando li o trecho, parei para pesquisar e me deparei com um quadro que eu já tinha visto tantas vezes, mas não sabia o nome e nem a história. Agora eu sei. E espero que você vá atrás também.
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